De fato, na última semana, muito aconteceu nesse processo de criação. Foram quatro encontros em uma semana, eu levei um capítulo escrito (em forma de romance, mesmo) e começamos a fazer pequenas composições de cena, além - é claro - de muita conversa. Tivemos reunião com o patrocinador, firmando uma série de definições sobre o projeto, as contrapartidas e a estreia.
E algo mais, essencialmente, uma mudança de direção. Compreendi que eu deveria convidar o outro integrante da companhia, até então creditado como diretor assistente, para dirigir YELLOW BASTARD junto a mim. Assim, a partir de agora a direção do espetáculo é de Andrêas Gatto e Diogo Liberano porque é assim que estamos criando: juntos ao Márcio, por meio de falas simultâneas e uma escuta cada vez mais afiada.
No último fim de semana, fizemos uma breve e longa reunião aqui em casa para entender os caminhos do processo, para afirmarmos - junto ao Márcio - escolhas um pouco mais precisas e que possam tornar o processo - para o ator - menos especulativo e um pouco mais estruturado. Compreendemos assim que temos alguns procedimentos a serem repetidos (com variações, obviamente) no decorrer dos próximos encontros:
- preparação (cuidado do corpo)
- leitura e análise do texto
- composição
- improvisação
- psicofísica e atmosfera
Em breve, gastarei um tempo no blog resumindo os encontros ainda não postados. Mas fato é que a descoberta do romance mudou tudo. Ao escrever essa narrativa (longa) num formato (tradicionalmente reconhecido como) romance, eu me livro de ter que escrever para a cena e para o ator e dou a todos nós um universo muito mais complexo e intrigante do que somente indicações de cena. É uma intensificação, sem dúvida, do que venho pesquisando como dramaturgo.
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