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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Mudança de Direção

De fato, na última semana, muito aconteceu nesse processo de criação. Foram quatro encontros em uma semana, eu levei um capítulo escrito (em forma de romance, mesmo) e começamos a fazer pequenas composições de cena, além - é claro - de muita conversa. Tivemos reunião com o patrocinador, firmando uma série de definições sobre o projeto, as contrapartidas e a estreia.

E algo mais, essencialmente, uma mudança de direção. Compreendi que eu deveria convidar o outro integrante da companhia, até então creditado como diretor assistente, para dirigir YELLOW BASTARD junto a mim. Assim, a partir de agora a direção do espetáculo é de Andrêas Gatto e Diogo Liberano porque é assim que estamos criando: juntos ao Márcio, por meio de falas simultâneas e uma escuta cada vez mais afiada.

No último fim de semana, fizemos uma breve e longa reunião aqui em casa para entender os caminhos do processo, para afirmarmos - junto ao Márcio - escolhas um pouco mais precisas e que possam tornar o processo - para o ator - menos especulativo e um pouco mais estruturado. Compreendemos assim que temos alguns procedimentos a serem repetidos (com variações, obviamente) no decorrer dos próximos encontros:

- preparação (cuidado do corpo)
- leitura e análise do texto
- composição
- improvisação
- psicofísica e atmosfera

Em breve, gastarei um tempo no blog resumindo os encontros ainda não postados. Mas fato é que a descoberta do romance mudou tudo. Ao escrever essa narrativa (longa) num formato (tradicionalmente reconhecido como) romance, eu me livro de ter que escrever para a cena e para o ator e dou a todos nós um universo muito mais complexo e intrigante do que somente indicações de cena. É uma intensificação, sem dúvida, do que venho pesquisando como dramaturgo.

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